quinta-feira, 4 de junho de 2009

Comunicação, a principal aliada na hora da crise

O vôo da aeronave AF 447 levava 228 pessoas do aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, para Paris, no aeroporto Charles de Gaulle. No domingo, às 23 horas, o air bus enviou uma mensagem de pane elétrica após atravessar uma área com tempestades no Oceano Atlântico, enfrentando uma grande turbulência. Logo após o aviso, o avião sumiu dos radares brasileiros. Foi assim que nesta segunda feira, dia primeiro de junho, fomos despertados com a trágica notícia de que um vôo da empresa Air France havia desaparecido das telas de comunicação dos aeroportos. A empresa aeroviária colocou a disposição dos parentes dos acidentados uma equipe para que assim as dúvidas fossem esclarecidas e as famílias recebessem apoio psicológico.

Mas, quem na verdade são as pessoas que compõem esta “equipe de apoio” para as famílias fragilizadas? E é aí que nós, os integrantes da área da comunicação, nos envolvemos com as crises que podem aparecer numa grande empresa. Sem os comunicadores, uma empresa do porte da Air France poderia passar piores bocados do que já estão vivenciando.

Os indivíduos que concluíram um curso de comunicação, de preferência com ênfase em relações públicas, são as pessoas aptas para desenvolver a tarefa de “equipe de apoio” que, formalmente, recebe o nome de gerenciamento de crise. É indispensável que o profissional encarregado à exercer tal oficio tenha um planejamento concreto para futuras emergências. No caso da empresa Air France, o planejamento deveria conter uma maneira de controlar o pânico dentro dos aeroportos e conter os inúmeros questionamentos dos jornalistas.

É claro que os familiares das vitimas do acidente entrem em desespero e queiram saber detalhes sobre o que esta acontecendo e porque aconteceu. É fato também que as pessoas não envolvidas fiquem espantadas com tal acontecimento, gerando curiosidade e interesse no assunto, deixando assim os jornalistas em polvorosas.

Portanto, toda curiosidade, aflição e ‘polvorosidade’ devem ser controladas pelo profissional de comunicação que exerce seus conhecimentos para a organização que vive uma crise. Este profissional utiliza seu planejamento, mas.. o profissional teve tempo de realizar tal planejamento? Esta é a questão! Toda empresa deve ter seu comunicador para se preocupar com este ponto. O trabalho deste profissional é prever uma futura crise e assim armar um jeito para controlar toda a situação, que com certeza, estará completamente descontrolada.

A estratégia da empresa Air France foi disponibilizar a estadia dos familiares num hotel localizado no Rio de Janeiro para que estas pessoas obtivessem maiores informações e detalhes sobre seus familiares. Para a imprensa, eles tinham outra estratégica. Em hipótese alguma eles deixaram os jornalistas desamparados. O comunicador da empresa sempre aparecia diante as câmeras com informações, mesmo que vagas, sobre o acontecimento.

Um ponto que com certeza denigre uma empresa é não existir tal comunicador para planejar e controlar a situação numa época de crises. É neste ponto que enxergamos a importância da comunicação dentro da organização. Qualquer empresa, de qualquer porte, esta sujeita a passar por uma crise e tal empresa sem um profissional apto para realizar este trabalho, pode ficar mal vista eternamente, abalando sua estabilidade dentro do mercado.


Por Elisa Diegues Alchiolli

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